domingo, 16 de novembro de 2008

"Como se despedir de alguém que você nunca imaginou viver sem? Eu não disse nada. Apenas me afastei..."(My Blueberry Nigths!)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

43 dias depois...

O tempo é mesmo remédio. Pra qualquer coisa. Pra tudo. A palavra de ordem é paciência. E fé. Paciência + fé = a deixar com o tempo que ele resolve. As coisas se resolvem através do tempo. Principalmente se envonlver sentimentos, emoções. O tempo é mesmo o melhor remédio.

A ansiedade vira calma. Varios instantes depois e o distante ficou perto, já é. O coração bate num compasso civilizado. A cabeça funciona sem estar em ebulição. As lágrimas secaram. Até a raiva começa a passar.

Os quilos a mais na balança vão indo embora. A preguiça só aparece de manhãzinha. Sábado a noite ainda não é o dia mais emocionante, nem domingo o mais triste. E embora segunda e terça ainda sejam os mais difíceis, a concentração nos escritos, nas leituras, nos trabalhos, no estudo torna-os profundamente interessantes e fundamentais.

Superar é real. Terminar é fatual. Recomeçar é fundamental. Mais uma vez é só ela, paciência e sua companheira fé...o resto é consequência.

O ódio saiu. Deu lugar à uma quase dó. Pena. Pesar. Uma compaixão por aquilo que o outro realmente não consegue e um não pode aturar.

Quem tá acostumado a dar a cara a tapa, fazer o que acha que deve, ir a luta, seguir em frente e jamais desistir acha difícil aceitar esta gente que aceita, foge, se cala ao invez de insistir.

Parece até que era tudo mentira, da boca pra fora. Parece que fez a gente de tonta ou que a gente mesmo fez papel de idiota. Não é. O outro tem suas limitações, diferentes das minhas, e eu só posso aceitar.

Passado o calor das emoções tudo o que eu consigo fazer é lamentar. Não por mim, mas por você. Pelo que você não conseguiu dizer, pelo que você não soube lutar. Por tudo que você calou sentindo sem saber falar. Pelo que poderia ter sido se você conseguisse me parar.

Eu chorei, gritei, falei, me impus. Fiz o que quis, decidi, sofri e cá estou. Mais certa do que nunca desta minha escolha.

A opção pra você dessa vez não foi uma escolha. A gente tem que de pequino definir nossas prioridades para estar certo do que resolver depois. Respeitar a gente mesmo dá um calor na alma, um conforto. Um consolo no final das contas.

Fico imaginando você pensando que nem gostava tanto assim. Fico imaginando você chorando sozinho no escuro. Fico imaginando você faliz com outra menina. Fico imaginando você arrasado com outra mulher. Fico pensando será que consegue gargalhar? Será que seu sono vem facinho, quando você deita no travesseiro sabendo que não soube lutar?

Ou será que você nem sabe? Não consegue perceber? Será que eu devo te alertar, pra você entender o que não fez? Tem horas que eu pensao que sim, tenho tanto pra dizer. Tanto que você não quis ouvir, mas eu pretendo te dar a chance de saber.

Foram anos de uma história. Foi um tempo. Pra mim o aprendizado é tão sincero, tão intenso, tão verdadeiro. Entre sorrisos e saudade, entre telefonemas e cartas, entre mensagens e entrelinhas a lacuna da distância e a força que eu descobri em mim.

Quero que você saiba. Vou encontrar um jeito de dizer. Uma maneira de te contar. Eu superei. Está passando. Pra você também vai passar.

E foi bom!

Sat Nam ;)