quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tolice é concluir, já diria Gustave Flaubert e seu realismo metafórico. Tem coisa que não deve passar mesmo do meio. Da terceira linha. Da segunda etapa.

É assim com tesão artístico. Aquela sintonia poético-sexual que se instala entre boêmios e boêmias em noites de lua cheia, muita bebida e pouca vergonha na cara.

Tesão Artístico tem que ser como beijo artístico: sem língua. Sem toque, sem fim. Almost. Tem que guardar aquela platonidade louca que o faz distinguir-se do tesão comum.

Deixa no ar uns acordes sexies de um violão que acaricia como se fosse ela. Um olhar que silencia um beijo. Um xaveco esfarrapado deixando bebericar um pouquinho do shot que eles vão desperdiçar.

Entregue a poesia das coisas que nunca serão o tesão artístico se faz pleno, eterno e infinito mesmo que a morte os separe, não tem data de produção evitando-se de validade.

Entre o querer muito e o assim permanecer há um que de adrenalina, uma tanta preguiça e a criativade paciente de quem sabe que é o que não rola que faz transbordar a piração e assim, ser pra sempre a imagem delisiosa do que poderia ter sido.

Apesar dos pesares do que, talvez, não tivesse actually sido.

Sat Nam ;)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Há dias em que é difícil apagar a luz, dar tchau pro mundo,deixar a vida dormir. Há fases em que a inspiração anda rarefeita, a terceira linha cala e o silencio não aconchega. Tem horas em que a gente não entende, não sabe, não compreende. Suspende o tempo, o drink, a paranóia. Dissolve medo em suco de maracujá e sonha. Não sei se o pior é hoje acabar assim, not too bad, ou amanhã chegar inevitavelmente.

Não sei se o que me passa é um passo que falta, um que sobra ou um simples apssejar de coisas que deveriam e não parecem, passar.

Sat Nam ;)